Uma mulher teve a metade do corpo queimado depois que seu forno explodiu. Ela estava assando frango para se alimentar de forma saudável durante a semana, mas o resultado foi quase trágico. Veja como isso aconteceu e como ela está hoje.
O que causou a explosão
Nem sempre se pode controlar as situações do dia a dia. Porém, esse é um daqueles casos que poderia não ter acontecido com um pouquinho mais de atenção. Ao mesmo tempo, se o forno não explodisse, ela poderia hoje estar morta. Então dos males, o menor. Entenda o que aconteceu.
Júlia Schneider, de Porto Alegre, estava na fase de estudar na faculdade e comer qualquer coisa para tocar o ritmo da vida, mas decidiu que era hora de mudar esse quadro. Pensando em manter a saúde em dia, ela decidiu que comeria somente alimentos preparados em casa, feitos com o controle do sal e da gordura. Mas cadê a disposição para cozinhar todos os dias?
Foi então que decidiu cozinhar no final de semana para ter as marmitas prontas nos dias seguintes. Preparou, assim, uma boa quantidade de frango e colocou para assar. Tudo pronto, ela desligou rapidamente o forno e tirou a assadeira, deixando o frango esfriar. Quando já estavam quase frios, pesou e colocou em saquinhos para congelar.
Foi então que ela pensou se não seria uma boa ideia fazer outra fornada e adiantar pelo menos 2 semanas de frango pronto. E foi quando o acidente aconteceu. Ela não tinha girado todo o botão do forno ao desligar e ele ficou acumulando gás. Ela não tinha percebido o cheiro, simplesmente abriu a porta e apertou o botão para acender.
Foi então que o forno explodiu, queimando a metade da perna de Júlia. Imediatamente, uma vizinha veio ao seu socorro e a colocou no chuveiro, enquanto chamava o SAMU. A jovem disse que a água ia tirando pedaços de pele enquanto escorria, a dor era insuportável. Quando a equipe de socorro chegou, ela já tinha se olhado no espelho e visto seus cabelos queimados e a total ausência de sobrancelhas ou cílios.
Recuperação
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No hospital, os médicos tiraram cuidadosamente a roupa colada na pele e aplicaram um medicamento, enfaixando-a em seguida. A essa altura, ela podia ver a mãe chorando e dizendo: “meu bebê…”. Depois disso, ela apagou. Foi transferida para outro hospital, para ser atendida por um especialista na área.
Seu pai, que é médico, chegou um pouco depois, pois estava trabalhando em outra cidade. Ele tentava transparecer calma e confiança, assim como sua mãe. Mas no fundo ela sabia que, se pudessem, trocariam de lugar com ela sem nem pensar duas vezes. A dor física era terrível, mas ver seus pais assim era ainda pior.
Ela foi então colocada em coma induzido, para não sentir a dor do tratamento. O que era para ser apenas 3 dias, se tornaram 11. No total, foi um mês na UTI e alguns dias em apartamento até poder ter alta. Enquanto isso, teve que reaprender a mover o braço, andar e dobrar o joelho. Mas ela aprendeu muito com esses dias, aprendeu também a ter resiliência, que é a capacidade de se recuperar de situações de crise e aprender com elas.
Ela viu muita dor e sofrimento, sim, mas não foi o que marcou. Júlia diz que são apenas borrões na sua mente. Hoje, 5 anos depois do acidente, ela é grata por estar viva e comemora a data como seu segundo aniversário. E completa: “acredito que depois do trauma (e virão outros), o que permanece é o amor-próprio, o desejo inerente de continuar, não importa como”.
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