A pré-menopausa é o período em que o corpo da mulher está se preparando para a menopausa. É quando ocorrem mudanças sutis, como a diminuição do estrogênio e progesterona e a redução da fertilidade.
Sintomas de pré-menopausaCrédito: Pexels
Para diagnosticar com certeza, basta solicitar ao seu ginecologista um exame que mede os níveis de FSH, sendo este realizado em dias diferentes, dada a natural flutuação hormonal pela qual toda mulher passa.
Essa fase pode começar a aparecer a partir do 40 anos, a depender de cada mulher, se estendendo até a chegada da menopausa de fato, quando os sintomas se intensificam.
1. Irregularidade no ciclo menstrual
Os ciclos começam a ficar mais curtos, dada a alteração hormonal sofrida pelo corpo da mulher. Eles ficam irregulares, sendo uma surpresa o dia em que a menstruação irá aparecer novamente.
Além disso, o fluxo também tende a aumentar e diminuir, ficando igualmente imprevisível.
2. Alterações na qualidade do sono
A insônia é uma reclamação recorrente em mulheres que estão passando pelo processo de pré-menopausa, propiciando a fadiga e irritabilidade ao longo do dia.
Além disso, ela pode ser acompanhada pelo suor noturno e ondas de calor, sempre de forma sutil, mas ainda assim passível de acontecer.
3. Irritabilidade, ansiedade e depressão
Não apenas pela privação do sono de qualidade, mas também pelo fator hormonal, a mulher tende a ficar mais irritada e ansiosa no período que antecede a menopausa.
Ela tem também 2,5 vezes mais chances de desenvolver a depressão, dada a fadiga, a queda hormonal e toda a carga psicológica que a chegada da menopausa pode representar para a mulher, sendo essa probabilidade reduzida depois da fase de pré-menopausa.
4. Redução da libido
A redução da libido feminina durante essa fase se dá por conta de alguns fatores:
Dessa forma, uma boa saída é buscar orientação profissional, com uma ginecologista experiente, minimizando assim o problema.
5. Dificuldade de concentração e lapsos de memória
O estrogênio interfere no funcionamento do cérebro feminino e, com sua diminuição, algumas adaptações internas devem ser feitas. Durante o processo, há chances de que se desenvolva uma maior dificuldade de concentração.
A memória para coisas simples e cotidianas também pode ser afetada, com uma maior incidências de casos de perda de chaves e aniversários esquecidos.
6. Ressecamento da pele
O estrogênio e o colágeno estão relacionados, sendo que a queda de um, impulsiona a queda do outro. Dessa forma, há uma tendência de que a pele comece a ficar mais seca nessa fase.
Isso acontece, pois a mesma perde a firmeza e a capacidade de reter os nutrientes necessários, podendo se tornar muito seca, em casos mais severos.
7. Alterações nos fios dos cabelos
Assim como a pele, os cabelos também sentem a queda hormonal, ficando mais fracos e com maior tendência a cair.
Eles podem também ficar mais finos e menos volumosos, alterando a textura dos fios e sua aparência. É o momento da chegada de uma maior quantidade de fios brancos, entre os de cor natural.
8. Unhas quebradiças
As unhas sofrem com a falta de colágeno e cálcio, ficando mais quebradiças que o normal. Nessa fase de pré-menopausa, a queda é pequena, mas elas são as primeiras a sentir.
Vale reforçar o cálcio na alimentação, além de ingerir proteínas de qualidade, para manter o corpo sempre em dia.
9. Infecção urinária mais frequente
Devido o ressecamento que ocorre na vagina, nesse período, as chances de infecção urinária aumentam, fazendo com que a mulher tenha que lidar com mais de um episódio ao ano.
Além disso, a uretra tende a ter seu tecido alterado, ficando mais seco, fino, rígido e irritável, fazendo com que as infecções se tornem mais constantes.
Beber muita água pode ajudar a evitar esse problema, além de ter um adequado acompanhamento do seu ginecologista.
10. Espessamento dos pelos faciais
O estrogênio inibe a produção de hormônios masculinos, que tendem a aumentar a quantidade de pelos no corpo. Quando seus níveis caem, a tendência é de que as áreas que tinham pouco pelo sejam alteradas, aparecendo fios mais espessos na face, abdome e outras áreas do corpo.
Existe tratamento para pré-menopausa?Crédito: Pexels
A pré-menopausa não é uma doença e sim uma fase natural pela qual todas as mulheres irão passar. Ela envolve queda hormonal e o aparecimento de alguns sintomas que podem não ser agradáveis.
O ponto mais importante é fazer um acompanhamento médico para verificar a chegada do climatério, repondo os hormônios, se necessário, mas isso acontece em um período posterior.
O que se pode fazer durante a pré-menopausa, é procurar aderir a um estilo de vida mais saudável. Isso vai ajudar o seu corpo a se preparar para as mudanças com uma melhor qualidade de vida.
Então capriche na alimentação natural, com integrais e alimentos ricos em cálcio, fortaleça a musculatura, evite bebidas alcoólicas, não fume, tome bastante sol nas horas adequadas e com protetor solar e mantenha as consultas ao ginecologista em dia.
Engorda?
Com o passar do tempo, homens e mulheres têm seu metabolismo reduzido, porém com a queda dos níveis de estrogênio, há uma tendência para que isso se agrave no corpo feminino.
Isso porque há uma maior redução da queima de calorias, facilitando o processo de acúmulo de gordura, principalmente no abdome e na cintura.
Então essa fase pode, sim, ser um agravante para quem tem tendência a engordar e não quer ganhar uns quilinhos a mais.
Por outro lado, aceitar que o corpo passa por mudanças naturais ao longo da vida é se libertar de amarras socialmente criadas para mexer com a autoestima feminina. Ou seja, se estiver saudável, que mal há nessas gordurinhas que irão aparecer?
Se cuide, faça uma alimentação de qualidade, fortaleça a musculatura com atividades físicas adequadas, mas não deixe de viver a vida em prol de um padrão impossível de alcançar, ao menos pela grande maioria da população.
É possível engravidar?Crédito: Freepik
Sim, há chances de engravidar na pré-menopausa. Durante essa fase, a mulher está começando a passar pelas alterações hormonais, de forma sutil, então pode haver uma redução da fertilidade, porém há ainda como engravidar.
Métodos contraceptivos são altamente indicados para aquelas que não pretendem ter filhos nessa fase, podendo ser inclusive mais definitivas – para quem já sente que não deve mais ter filhos – como a ligadura ou a vasectomia para o companheiro.
O mais importante nessa fase é se compreender, se adaptar e se cuidar, sempre com a ajuda e orientação de um profissional de confiança.
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