37% das mulheres brasileiras não querem ser mães





A tendência, à medida que o tempo passa e o acesso à informação aumenta, é que as pessoas optem por ter menos filhos. Essa pode ser somente uma regra genérica, com base na observação na quantidade de nascimentos e envelhecimento da população. Porém uma equipe de pesquisadores resolveu dar uma métrica a essa constatação. O que eles perceberam é que as mulheres estão cada vez menos propensas a ter filhos.

As causas são das mais diversas, desde a abertura do mercado de trabalho, que acaba sendo mais cruel com as mulheres que têm filhos, até mesmo a mudança da ideia do que é plenitude. Também o conceito de família tem se ampliado bastante, mostrando outras formas de constituição, antes não esperadas.

Em meio a um turbilhão de informações, pressões sociais e desejos, a mulher se vê com a oportunidade de escolher se vai querer ou não ter filhos. E o que o estudo mostrou foi que boa parte da população feminina não tem interesse nesse aspecto da vida. São escolhas e, como tais, devem ser respeitadas e não vistas como motivos para tentar convencer a mulher a mudar de ideia.

Mais mulheres não querem ter filhos

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de filhos por mulher no Brasil é de 1,77, com tendência a cair para 1,66. Além de menos filhos, elas tendem a tê-los mais tarde. A média de idade hoje já é de 27,2 anos, com tendência a subir para 28,8 anos. Está claro que as mulheres estão optando por ter menos filhos e cada vez mais tarde.

E quantas delas não querem ter filhos, de fato? A mudança na imagem da obrigatoriedade da maternidade como uma regra para a mulher está dando essa liberdade para aquelas que optam por não ter filhos. E um estudo realizado pela Bayer e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia mostra que sim, elas estão optando por não engravidar.

O estudo foi realizado simultaneamente em 11 países, com a participação global de 7 mil mulheres. Brasileiras somavam mais de mil. Estavam engajados também 726 ginecologistas, que coletaram as informações junto às mulheres. Além da informação sobre querer engravidar, também foram feitas outras perguntas correlatas.

Como resposta, observaram que 72% das mulheres não pretendiam ter filhos em até 5 anos, utilizando principalmente o contraceptivo hormonal oral para evitar. Outro dado interessante é que mais da metade das mulheres do Brasil já utilizou a pílula do dia seguinte alguma vez na vida. Conheça os métodos contraceptivos e como evitar uma gravidez não planejada.





Métodos contraceptivos

Além daqueles métodos naturais, velhos conhecidos das suas avós – e não tão eficazes assim – existem diversas outras formas de evitar uma gravidez. Alguns, inclusive, ajudam a evitar doenças sexualmente transmissíveis, sendo alguns indicados para o longo prazo. Veja uma lista deles, mas lembre-se de que somente um ginecologista pode indicar o melhor para você.

Hormonais

As famosas pílulas e injeções são formas de contraceptivos hormonais. Eles podem conter somente um tipo de hormônio ou uma combinação dos mesmos. Existem também os adesivos e implantes, que podem ser mais práticos do que os comprimidos diários.

O DIU pode também ser hormonal, a depender da escolha, assim como o anel contraceptivo. A escolha do método ideal vai depender da sua saúde, devendo ser escolhido por um profissional.

De barreira

Muito conhecidos, os métodos de barreira são uma excelente opção, não apenas para evitar a gravidez, mas principalmente para prevenir a contaminação por alguma doença sexualmente transmissível. A camisinha feminina e masculina fazem parte desse grupo, devendo inclusive ser utilizada durante o sexo oral. O diafragma também pode ser incluso nesse grupo, sendo mais eficaz se usado com espermicidas.

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