Quem poderia imaginar que a depressão e diabetes estão relacionadas? Uma pode influenciar na melhora ou agravamento da outra. Entenda melhor como isso funciona e o que fazer para lidar com esse delicado equilíbrio na balança.
Depressão e diabetes na balança
De acordo com o Ministério da Saúde, o diabetes é uma doença causada pela “produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo”. É um mal que atinge mais de 13 milhões de pessoas, tendo entre seus sintomas comuns, a depressão.
Para o Ministério, “a depressão está associada ao pobre controle glicêmico que é a maior causa das complicações do diabetes”. Por isso é fundamental tratar ambas as condições, sendo igualmente importantes. Segundo o médico Drauzio Varella, ela é também uma doença de cunho psiquiátrico “crônica e recorrente que produz alteração do humor caracterizada por tristeza profunda e forte sentimento de desesperança”.
Da mesma forma que a depressão atrapalha o controle glicêmico, também as alterações na quantidade de açúcar no corpo podem levar à depressão. Lembrando que as chances de ter depressão são duas vezes maiores em diabéticos do que nas outras pessoas. Além disso, ela tende a atingir mais mulheres diabéticas do que homens.
A relação entre depressão e diabetes forma um ciclo vicioso que deve ser percebido e tratado adequadamente. Funciona da seguinte forma: a pessoa que já tem tendência a depressão, sente-se mais cansada e ansiosa quando sobe o nível glicêmico. Com isso, agrava os sintomas da depressão. Ao mesmo tempo, essa depressão atrapalha na regulação do açúcar, retroalimentando o ciclo.
O que fazer
É um processo complexo e que exige não somente um esforço pessoal, mente positiva ou qualquer bobagem que se fale por aí. É necessário o acompanhamento de uma equipe de profissionais qualificados para lidar com o problema. Primeiro de tudo, um bom médico endocrinologista, para fazer o acompanhamento adequado do paciente.
Ao seu lado, deve estar um nutricionista, que organize o cardápio de forma que as escapadas por causa da depressão tenham menor impacto na vida da pessoa. Além disso, deve ensinar técnicas para lidar com a alimentação positivamente, evitando ter aquelas conhecidas armadilhas em casa e mostrando os alimentos para momentos de tristeza ou ansiedade.
Por fim, é fundamental o acompanhamento de um psicólogo e, se necessário, um psiquiatra, para ensinar a compreender os gatilhos, as emoções e como se relacionar com ambos. Certamente, se for necessária a prescrição de algum medicamento, será feito, sempre com o aval do médico endocrinologista. Só não pode tentar tratar com frases motivacionais e boa vontade de terceiros, combinado? Se cuide!
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