Emagrecedores naturais fitoterápicos têm venda proibida em parte do país





Remédios fitoterápicos podem ser excelentes, porém os ditos emagrecedores naturais estão proibidos pelo Procon de Santa Catarina. O uso desse tipo de medicamento levou uma mulher a óbito, pois nem tudo nele é tão natural assim. Saiba quais foram as substâncias encontradas.

Quando uma ou mais plantas com efeito medicinal são usadas para fazer um medicamento, ele é chamado de fitoterápico. Assim como o alopático (mais químico, largamente encontrado em farmácias), esses ditos remédios naturais têm que ser usados com cautela. Isso porque eles também apresentam efeitos colaterais e podem até matar.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o consumo de fitoterápicos “tem sido estimulado com base no mito ‘se é natural não faz mal’. Porém eles podem causar diversas reações como intoxicações, enjoos, irritações, edemas (inchaços) e até a morte, como qualquer outro medicamento”.

E foi exatamente o que aconteceu com uma mulher de 27 anos, cujo nome não foi identificado, que morreu na Serra Catarinense. De acordo com o Procon SC, ela veio a óbito por ter consumido um desses emagrecedores fitoterápicos. O Laudo Pericial Cadavérico constatou a causa da morte por “intoxicação exógena em decorrência de substância contendo ‘Sibutramina’ e ‘Diazepam’”.

Procon proíbe a comercialização de emagrecedores naturais

Uma medida cautelar imposta pelo Procon estadual proíbe a fabricação e comercialização de “medicamentos fitoterápicos com finalidade de emagrecimento”. Além disso, está proibida a divulgação ou distribuição dos mesmos, com risco de receber multa de 1 milhão de reais, por crime de desobediência.

Segundo a entidade, “estão suspensas as marcas Original Ervas, Royal Slim, Bio Slim, Natural Dieta, Yellow Black e similares. A Medida Cautelar estabelece a retirada imediata desses produtos das prateleiras e expositores de todos os estabelecimentos comerciais”. Também sites e blogs estão proibidos de veicular ou comercializar os produtos.





O grande problema não foram as plantas utilizadas, mas sim a falta de transparência dos fabricantes. Eles não estavam indicando a presença  nos produtos, de duas substâncias controladas, que só podem ser utilizadas com retenção de receita médica. Foram encontrados rastros significativos de Diazepan e Sibutramina.

O Diazepan é “indicado para alívio sintomático da ansiedade, tensão e outras queixas somáticas ou
psicológicas associadas com a síndrome da ansiedade. Pode também ser útil como coadjuvante no
tratamento da ansiedade ou agitação associada a desordens psiquiátricas”. Ou seja, um poderoso calmante, utilizado para reduzir a tensão e o apetite.

Já a Sibutramina, “é indicada como terapia adjuvante como parte de um programa de gerenciamento de peso recomendado para pacientes com um índice de massa corpórea (IMC) maior ou igual a 30 kg/m2”. Devendo ser indicada somente por profissionais, ela estava mascarada em um remédio que deveria ser natural.

Pacientes com diabetes, hipertensão, colesterol alto, fumantes, com problemas cardiovasculares, transtornos alimentares e muitos outros são proibidos de ingerir esses medicamentos. E acabam recorrendo a remédios naturais, como os fitoterápicos, que estavam mascarando os componentes. Exatamente por isso, o Procon proibiu a sua venda.

Fica então uma lição importante, lembrando sempre que – mesmo natural – ainda é medicamento e como tal, deve ser indicado por um profissional. Não tome remédio por conta própria, principalmente com o objetivo de emagrecer. Faça o processo com mudanças simples, paciência e se puder, a orientação de um nutricionista.

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