O que poderia ser outra história de perda se tornou um exemplo de vida. Ao saber que sua bebê era anencéfala, ela optou por continuar a gestação, mesmo sabendo que ela não viveria nem o primeiro dia. Depois disso, o leite que seria para sua menina trouxe vida a muitos outros bebês, pois ela doou mais de 100 litros. Não há melhor forma de honrar a memória de sua pequena.
Infelizmente, ainda durante a gestação, algumas famílias descobrem que seus bebês sofrem de anencefalia, que a ausência da massa cerebral. De acordo com o Ministério da saúde, “entre 75% a 80% dos fetos com anencefalia são natimortos, ou seja, morrem ainda no útero. O restante morre dentro de horas ou poucos dias após o parto”.
Por isso, o recomendado é a interrupção da gravidez, para evitar sofrimento físico e mental para a mãe e a família. Essa é uma das poucas formas em que a retirada do feto é permitida no Brasil, pois é fato absoluto que o bebê não resistirá. Pela legislação, nem é considerada como aborto de fato e sim interrupção de gestação de anencéfalo ou antecipação terapêutica do parto.
Mesmo tendo a lei a seu favor e a recomendação médica para fazê-lo, Alexis Marino optou por levar sua gravidez adiante e ter sua menina nos braços, mesmo que por pouco tempo. E foi muito além disso, ajudando outros recém-nascidos, até como uma forma de honrar a memória de sua bebê.
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Mãe doou mais de 100 litros de leite maternoCrédito: Facebook
A estadunidense Alexis Marino estava grávida de 6 meses quando foi fazer a ultrassonografia, para ver se esperava por um menino ou menina. Muito feliz, se preparou para o grande momento, porém não imaginava que o exame seria muito mais revelador. Ao receber a informação de que teria uma menina, ela também teve a pior notícia da sua vida.
Sua filha era anencéfala e não viveria nem mesmo por um dia, caso ela levasse a gestação adiante. Além disso, poderia morrer ainda no útero e trazer complicações para a saúde de Alexis. Foi então que seu médico recomendou fortemente que ela encerrasse a gestação mais cedo, dando tempo para a recuperação do útero, antes de engravidar novamente.
Porém o que ela fez surpreendeu a todos, pois ela decidiu continuar com a gravidez, para poder ver sua menina, ao menos uma vez. Deu então o nome de Sweet McKinleigh, sendo recebida no dia 29 de julho. Ela nasceu às 11h49 e, exatamente uma hora depois, faleceu. Nesse curto período, ficou com o pai e a mãe, recebendo todo o amor possível.
DoaçãoCrédito: Facebook
O sonho de Alexis era amamentar sua pequena até que ela já estivesse maiorzinha, mas seu sonho foi interrompido. Ainda no hospital, ela pôde ver a difícil realidade de outras mães que tinham seus bebês, mas não tinham o leite para alimentar. Foi então que ela decidiu começar a doar o leite da pequena Sweet, levando vida para outros bebês.
Foram dois meses de doação, totalizando até o dia 19 de setembro, 1300 potinhos. Somados, eles dão mais do que 100 litros! Em meio à dor e perda, ela encontrou significado na bênção de amamentar. Não pôde garantir à sua Sweet a amamentação, mas distribuiu vida e felicidade para muitas famílias, como um tributo à sua bebê.
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