O saião, também chamado de folha-da-fortuna, é uma planta brasileira de nome científico Kalanchoe pinnata. Trata-se de uma planta com muitas finalidades dentro da medicina popular, como tratar problemas urinários, intestinais, e muitas pessoas ouvem falar sobre o uso do saião para diabetes. Mas, o que será que os estudos científicos dizem sobre essa planta para a finalidade de tratamento de uma doença crônica tão séria como o diabetes? Leia com atenção.
Planta saião para diabetes funciona?Crédito: Wikimedia Commons
Existem alguns estudos científicos realizados pelo mundo que buscam encontrar evidências de efeitos positivos dessa planta para diabetes. Mas é preciso ter em conta que esses estudos são realizados de forma bastante criteriosa, isolando determinadas propriedades da planta em laboratório para que se possam estudar outras mais específicas, e são realizados testes em pequenos animais para poder fazer essas análises.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo site Informação em Saúde, entre tantos estudos sobre essa planta relativos ao tratamento do diabetes, há três deles que falam de forma mais objetiva a respeito. Os demais relacionam a planta a outras propriedades medicinais para outras finalidades de saúde. Ainda assim, esses três estudos são de baixo impacto para que se consiga chegar a alguma conclusão.
Estudos científicos sobre o saião para diabetes
Dois dos estudos encontrados pelo site referido acima fizeram testes com a planta em camundongos de laboratório. Eles apontaram, de fato, uma redução da glicemia devido a um possível mecanismo de estímulo da ação da insulina de forma semelhante ao que faz as chamadas sulfonilureias utilizadas no tratamento de diabetes tipo 2.
Entretanto, nenhum dos estudos é considerado conclusivo, havendo diversas particularidades ainda a serem estudadas para que seja possível considerar a planta uma possível opção de tratamento para a doença.
Um terceiro estudo foi realizado com humanos portados de pé diabético. O estudo foi publicado em 2014, na Tropical Doctor, realizado em Trinidad Tobago. Pacientes com infecção no pé diabético foram separados em dois grupos de controle.
Um deles era composto por 382 pacientes que fizeram uso do saião de forma tópica, ou seja, aplicado diretamente sobre a pele infecionada. O outro grupo era composto por 96 pacientes que receberam o tratamento convencional, já aprovado pela medicina tradicional.
Os pesquisadores perceberam que as taxas de amputação e mortalidade entre os dois grupos foi bastante semelhante, o que os fez crer que pode, sim, haver uma ação da planta em benefício do pé diabético.
Porém, esse estudo também teve cunho bastante específico sobre o pé diabético e dentro de condições controladas.
Conclusão
Depois de verificar esses estudos e de realizar uma pesquisa sobre outros estudos relacionados ao tema pela internet, pode-se concluir que a planta saião não possui eficiência nem eficácia comprovadas para diabetes. Portanto, não é seguro considerar o uso dessa planta no tratamento da doença, embora haja um potencial a ser explorado, mas ainda necessitando de muitas pesquisas.
Quando o assunto é diabetes, todos os pacientes devem recorrer ao tratamento da medicina tradicional, passando por avaliações médicas, recebendo as medicações já aprovadas pela ANVISA, e seguindo as orientações médicas quanto aos cuidados com a alimentação e a adoção de hábitos de vida mais saudáveis. Com essa doença não se brinca, pois qualquer descuido pode levar a complicações irreversíveis.
Cuidados com a alimentação para quem tem diabetes
Embora o diabetes ainda não tenha cura, quando controlado, o paciente pode levar uma vida normal. Uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercício físico ajudam a controlar a taxa glicêmica, evitando os sintomas e crises.
Falando em alimentação equilibrada, veja dicas de como deve ser uma alimentação para diabéticos em um apanhado geral. É importante que cada paciente receba uma dieta de acordo com as orientações do seu médico, pois cada pessoa tem particularidades que devem ser respeitadas.
As dicas desse artigo não substituem a consulta ao médico. Cada organismo é único e pode reagir de forma diferente ao mencionado.
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